terça-feira, 5 de dezembro de 2017

Relatório APS

Nome: Bruna Gonçalves Lopes Ferreira da Silva         Matricula: C68938-6
Nome: Cibelle Graziela Lessa                                       Matricula: T43802-0
Nome: Rafael Pereira da Silva                                      Matricula: C530FF-0

Redigido por: Cibelle G. Lessa

No 6° semestre de Letras- Bacharel, tivemos a matéria Literatura Brasileira- Prosa, onde estudamos diversas obras do cânone brasileiro dentro da periodização e decisivas para a formação da cultura da prosa literária no Brasil.
As primeiras obras analisadas foram a Carta de Pero Vaz de Caminha e o Sermão da Sexagésima, de Padre Antônio Vieira.  A carta foi de fundamental importância da construção de identidade nacional brasileira através dos relatos detalhados sobre a nova terra descoberta, suas riquezas, seus habitantes e costumes.  De cunho descritivo, as informações coletadas eram dirigidas ao rei de Portugal para que houvesse conhecimento das riquezas e que o povo que ali habitava poderia ser facilmente convertido.  Já no Sermão da Sexagésima, Vieira questiona a constante perda de fiéis da Igreja Católica após a Reforma Protestante e procura achar um culpado para este fato.  Ao escrever o sermão, nota-se a o uso do conceptismo, visando envolver o leitor com seu conteúdo, além da metalinguagem, metáforas, analogias, comparações, alegorias e da arte de persuadir para assim trazer mais fiéis ao Catolicismo.
No Romance romântico, as personagens femininas de Alencar e a ideologia romântica foram investigadas na obra Senhora.  Apesar de ter um núcleo considerável de personagens, a que mais se destaca e Aurélia, pois é diferente das demais. Ela rompe com os papéis femininos das obras deste período porque se comporta de maneira inesperada. É uma mulher que, ao herdar uma fortuna, conduz sua vida com confiança e inteligência. Não se demonstra submissa e sim, destemida e autônoma. Seu comportamento é típico de uma esquizofrênica, já que se vê dividida entre sentimentos contraditórios até o final do romance. O amor parece ser sua salvação, redimindo-a de perder o homem que ama por causa de seu orgulho.
Ainda no Romantismo, Memórias de um Sargento de Milícias, de Manuel Antônio de Almeida, foi a escolhida. O trabalho consistiu em selecionar questões de vestibular envolvendo a obra junto de seu gabarito e análise de suas respostas. Uma das questões foi indicar a alternativa correspondente ao protagonista da obra, e a resposta correta era o contínuo e divertido esforço de driblar o acaso das condições adversas e a avidez de gozar os intervalos da boa sorte, já que Leonardo e as demais personagens trazem no texto o jeitinho malandro, tipicamente brasileiro, segundo estereótipos, ao resolver problemas e encarar situações adversas. Seu jeito malandro era uma das principais características destacadas na obra.
O Cortiço foi a obra do Naturalismo determinada para estudo. As formas tipológicas, a caracterização de ambientes, a veracidade da realidade, crítica sobre a sociedade humana e o ambiente em que os próprios personagens recriam foram observados. Estas características são típicas da estética naturalista, pois é fundamentada na ideia de que o homem é produto do meio. Aluizio de Azevedo adota estas peculiaridades que representam uma sociedade baseada no critério de transformar ambientes e a si mesmas. Em o Cortiço, o ambiente é retrato de poder, luxúria, avareza e das formas tipológica. Muitas vezes, o personagem é o próprio espaço físico. Quando analisado o crescimento desse espaço, destaca-se João Romão. À medida que este personagem cresce, o Cortiço cresce também. Não é o personagem modificando o cenário e sim, o contrário. O narrador, em tom neutro, explica o motivo para que as personagens tenham atitudes mal vistas pela sociedade, além da presença de zoomorfismo, retratando as personagens através da aproximação entre humanos e comportamentos animais.
Encerrando o primeiro bimestre, foi analisada a ironia e estratégias criativas da escrita de Machado de Assis contida em Memórias Póstumas de Brás Cubas, pertencente ao Realismo. O autor deixa subentendido que Brás Cubas não espera agradar seus leitores com sua história de vida contada após sua morte. Seu jogo de palavras ao dizer que é um defunto autor ao invés de um autor defunto chama a atenção, porque assim frisa que virou autor após a morte, e não o contrário. Outra quebra de paradigma que Machado nesta história é que Brás Cubas sempre demonstra um ar de superioridade arrogante e que não há nada que o abale e o deixe vulnerável. Ao longo do livro, o autor faz questão de revelá-las para mostrar este lado vulnerável que o ser humano muitas vezes esconde. Ao final, Brás Cubas diz que a vida não é lá essas coisas e que existe a possibilidade de nada dar certo no fim das contas, descontruindo a imagem de que para ser feliz, é necessário um casamento ideal com filhos para propagar a linhagem.
Estas foram as obras analisadas e ler uma obra literária é sempre um desafio. Entretanto, com as técnicas abordadas em sala de aula, foi uma tarefa muito agradável para os amantes da literatura.

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