Nome: Bruna Gonçalves Lopes Ferreira da Silva Matricula:
C68938-6
Nome: Cibelle Graziela Lessa Matricula: T43802-0
Nome: Rafael Pereira da Silva Matricula: C530FF-0
Redigido por: Bruna G. L. F. da Silva
A escrita machadiana, que dá início ao Realismo no Brasil,
quebra alguns paradigmas da era romântica, se apropriando do uso da objetividade.
Machado busca, através de suas obras, quebrar padrões de uma sociedade que se
mostra hipócrita, se utilizando de metalinguagem, ironia, humor, pessimismo e a
intertextualidade com obras importantes e consagradas. Ao contrário dos autores
românticos, Machado se apropria de uma linguagem mais simples e mais fácil de
ser entendida. Em acréscimo, acrescenta várias referências culturais no geral,
fazendo com que o leitor se sinta esnobado.
Em sua fase dentro do Realismo, Machado constantemente questiona
a estratégia de escrita que fora abordada dentro do período romântico. No
começo de Memórias Póstumas, já deixa
subentendido que Brás Cubas não espera agradar seus leitores com sua história
de vida contada após sua morte. Seu jogo de palavras ao dizer que é um defunto
autor ao invés de um autor defunto chama a atenção, pois assim ele frisa que
virou autor após a sua morte, e não o contrário.
Outra quebra de paradigma que Machado trás nesta história é
que Brás Cubas sempre demonstra um ar de superioridade arrogante (que chega a
se tornar bobo em alguns momentos) e de demonstrar que não tem nada que o abale
e o deixe vulnerável. Mas Machado, ao longo do livro, faz questão de revelá-las
para mostrar este lado vulnerável que o ser humano muitas vezes esconde.
Brás Cubas, no inicio do primeiro capítulo “de seu livro”,
faz uma sutil comparação com os cinco primeiros livros da Bíblia Sagrada,
dizendo que não faria como Moisés (que colocou sua morte ao final do
Pentateuco), mas sim a contaria no começo do livro.
Quando Brás Cubas descreve os instantes após a sua morte,
podemos perceber que ele nos passa informações desnecessárias (como data e hora
de sua morte) que não interessam e nem acrescentam em nada a história para quem
está lendo. Mas, ao mesmo tempo, transmite a informação de que era um homem de
posses e que achava que as onze pessoas que compareceram em seu enterro era um
número muito baixo para um homem como ele.
No decorrer de seu livro, conta sua busca e sua luta para
alcançar seus objetivos, porém todos sem sucesso. Então há um tom de frustração
em suas palavras por não ter conseguido nada que almejou em sua vida.
Então, no final do livro, ele acaba por dizer nas entrelinhas
que a vida não é lá essas coisas, que há sim a possibilidade de nada dar certo
na sua vida (o que pode ser uma estratégia adotada por conta do estilo negativo
que o Realismo carrega), descontruindo também a imagem de que, para ser feliz,
você tem de ter um casamento ideal com filhos para propagar a sua linhagem.
Referências Bibliográficas
Realismo no Brasil. http://www.infoescola.com/literatura/realismo-no-brasil/
CRÍTICA SOCIAL
ATRAVÉS DA IRONIA NAS OBRAS DE MACHADO DE ASSIS http://www.isciweb.com.br/revista/16-numero-02-2015/122-critica-social-atraves-da-ironia-nas-obras-de-machado-de-assis
ENTRE
A GRAVIDADE E O RISO: ROMANTISMO E IRONIA NA CRÍTICA LITERÁRIA DE MACHADO DE
ASSIS https://ufsj.edu.br/portal2-repositorio/File/vertentes/v.%2019%20n.%202/Edilson_Santos.pdf
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