Nome: Bruna Gonçalves Lopes Ferreira da Silva Matricula: C68938-6
Nome: Cibelle Graziela Lessa Matricula: T43802-0
Redigido por: Cibelle G. Lessa
No 6° semestre de Letras- Bacharel, tivemos a matéria Literatura Brasileira- Prosa, onde estudamos diversas obras do cânone brasileiro dentro da periodização e decisivas para a formação da cultura da prosa literária no Brasil.
As
primeiras obras analisadas foram a Carta
de Pero Vaz de Caminha e o Sermão da
Sexagésima, de Padre Antônio Vieira.
A carta foi de fundamental importância da construção de identidade
nacional brasileira através dos relatos detalhados sobre a nova terra descoberta,
suas riquezas, seus habitantes e costumes.
De cunho descritivo, as informações coletadas eram dirigidas ao rei de
Portugal para que houvesse conhecimento das riquezas e que o povo que ali
habitava poderia ser facilmente convertido.
Já no Sermão da Sexagésima, Vieira questiona a constante perda de fiéis
da Igreja Católica após a Reforma Protestante e procura achar um culpado para
este fato. Ao escrever o sermão, nota-se
a o uso do conceptismo, visando envolver o leitor com seu conteúdo, além da
metalinguagem, metáforas, analogias, comparações, alegorias e da arte de
persuadir para assim trazer mais fiéis ao Catolicismo.
No
Romance romântico, as personagens femininas de Alencar e a ideologia romântica foram
investigadas na obra Senhora. Apesar de ter um núcleo considerável de
personagens, a que mais se destaca e Aurélia, pois é diferente das demais. Ela
rompe com os papéis femininos das obras deste período porque se comporta de
maneira inesperada. É uma mulher que, ao herdar uma fortuna, conduz sua vida
com confiança e inteligência. Não se demonstra submissa e sim, destemida e
autônoma. Seu comportamento é típico de uma esquizofrênica, já que se vê
dividida entre sentimentos contraditórios até o final do romance. O amor parece
ser sua salvação, redimindo-a de perder o homem que ama por causa de seu
orgulho.
Ainda
no Romantismo, Memórias de um Sargento
de Milícias, de Manuel Antônio de Almeida, foi a escolhida. O trabalho consistiu
em selecionar questões de vestibular envolvendo a obra junto de seu gabarito e
análise de suas respostas. Uma das questões foi indicar a alternativa
correspondente ao protagonista da obra, e a resposta correta era o contínuo e divertido esforço de
driblar o acaso das condições adversas e a avidez de gozar os intervalos da boa
sorte, já que Leonardo e as demais personagens trazem no texto o jeitinho
malandro, tipicamente brasileiro, segundo estereótipos, ao resolver problemas e
encarar situações adversas. Seu jeito malandro era uma das principais características
destacadas na obra.
O Cortiço
foi a obra do Naturalismo determinada para estudo. As formas tipológicas, a
caracterização de ambientes, a veracidade da realidade, crítica sobre a
sociedade humana e o ambiente em que os próprios personagens recriam foram
observados. Estas características são típicas da estética naturalista, pois é
fundamentada na ideia de que o homem é produto do meio. Aluizio de Azevedo
adota estas peculiaridades que representam uma sociedade baseada no critério de
transformar ambientes e a si mesmas. Em o Cortiço, o ambiente é retrato de
poder, luxúria, avareza e das formas tipológica. Muitas vezes, o personagem é o
próprio espaço físico. Quando analisado o crescimento desse espaço, destaca-se
João Romão. À medida que este personagem cresce, o Cortiço cresce também. Não é
o personagem modificando o cenário e sim, o contrário. O narrador, em tom
neutro, explica o motivo para que as personagens tenham atitudes mal vistas
pela sociedade, além da presença de zoomorfismo, retratando as personagens
através da aproximação entre humanos e comportamentos animais.
Encerrando o primeiro bimestre,
foi analisada a ironia e estratégias criativas da escrita de Machado de Assis
contida em Memórias Póstumas de Brás
Cubas, pertencente ao Realismo. O autor deixa subentendido que Brás Cubas
não espera agradar seus leitores com sua história de vida contada após sua
morte. Seu jogo de palavras ao dizer que é um defunto autor ao invés de um
autor defunto chama a atenção, porque assim frisa que virou autor após a morte,
e não o contrário. Outra quebra de paradigma que Machado nesta história é que
Brás Cubas sempre demonstra um ar de superioridade arrogante e que não há nada
que o abale e o deixe vulnerável. Ao longo do livro, o autor faz questão de
revelá-las para mostrar este lado vulnerável que o ser humano muitas vezes
esconde. Ao final, Brás Cubas diz que a vida não é lá essas coisas e que existe
a possibilidade de nada dar certo no fim das contas, descontruindo a imagem de
que para ser feliz, é necessário um casamento ideal com filhos para propagar a
linhagem.
Estas foram as obras analisadas e ler uma obra literária é sempre um desafio. Entretanto,
com as técnicas abordadas em sala de aula, foi uma tarefa muito agradável para
os amantes da literatura.