segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Atividade Prática Supervisionada - MALP


UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP
CURSO: LETRAS
DISCIPLINA: MORFOSSINTAXE APLICADA DA LÍNGUA PORTUGUESA
PROFESSORA: SUELI DE BRITTO SALLES

BRUNA GONÇALVES LOPES FERREIRA DA SILVA    RA: C689386
CIBELLE GRAZIELA LESSA                                             RA: T438020
ELISA ELLEN SILVA                                                           RA: C6048F0
RAFAEL PEREIRA DA SILVA                                            RA: C530FF-8

APS – ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA

No decorrer do segundo semestre de 2016, tivemos aulas de Morfossintaxe Aplicada a Língua Portuguesa, com a professora Sueli Salles. Aprendemos nesta matéria sobre os distintos fatos linguísticos, dentre eles: substantivo, adjetivo, sujeito, predicado, adjunto adverbial etc.

A morfossintaxe é a análise morfológica e sintática, realizada simultaneamente. Para isso, a primeira questão que tem de ser explicada é que, na análise morfológica, é dada a nomeação das dez classes gramaticais (artigo, substantivo, adjetivo, advérbio, etc.) e, na análise sintática, aparecem às referências às funções desempenhadas por uma dada palavra, estando ela inserida num contexto oracional (como, por exemplo: sujeito simples, objeto direto, predicativo do sujeito, etc).

Mas para que sua compreensão seja efetivada de forma plausível, faz-se necessário entender, antes de tudo, que a análise morfológica diz respeito às dez classes gramaticais; e a análise sintática faz referência às funções desempenhadas por uma dada palavra, estando ela inserida num contexto oracional.

Quando analisamos uma oração, considerando a relação entre a classe gramatical de uma palavra e sua função sintática, estamos fazendo uma análise morfossintática.

Analisemos os exemplos em questão, levando em consideração ambas as análises:

1.      As rosas são um belo presente

2.      Toda mulher aprecia ganhar rosas

3.      Gostamos muito do perfume das rosas

4.      Cibelle gosta muito de rosas

5.      Nem tudo são rosas

6.      Rosas, por que sois tão belas?

De acordo com Inez Sautchuk, o mesmo termo, no caso a palavra flores, pode ser vista sob diferentes ângulos, sendo analisados desta maneira:

·         Enunciado - sujeito simples;

·         Objeto direto, pois completa o sentido de um verbo transitivo direto;

·         Complemento Nominal, haja visto que completa o sentido de um substantivo (no caso, perfume);

·         Objeto indireto, uma vez que completa o sentido de um verbo transitivo indireto;

·         Predicativo do sujeito, porque além de revelar uma característica a que o sujeito se refere, ainda se liga a este por intermédio de um verbo de ligação, configurando um caso de predicado nominal;

·         Vocativo, pois invoca um chamamento.

Analisamos também a composição de frases e orações. As frases, normalmente, possuem verbo. Então, surge a estrutura básica que é dada por dois elementos essenciais: sujeito e predicado, mas isso não quer dizer que essas frases são formadas por dois ou mais vocábulos. Um exemplo que podemos citar é que, na frase "Lerei", há um sujeito que está oculto na terminação do verbo: eu.

O sujeito é aquele que pratica ou sofre uma ação. Já o predicado detém a função de passar a quem está ouvindo a frase novas informações, que normalmente se referem ao sujeito. É crucial encontrar e analisar qual é o núcleo da declaração da frase: se estiver no verbo, teremos um predicado verbal (ocorre nas frases verbais); se estiver em algum nome, teremos um predicado nominal (ocorre nas frases nominais que possuem verbo de ligação). Vejamos alguns exemplos:

·         Estamos sempre alertas para com os aumentos abusivos de preços. (Sujeito: nós)

·         Quero que meus pais cheguem de viagem o mais rápido possível. (Sujeito: eu)

·         Os pais terminaram a reunião. Foram embora logo em seguida. (Sujeito: os pais - oculto apenas na segunda frase)

Além disso, as orações subordinadas também foram temas de estudo. São aquelas que exercem função sintática sobre outras, ou seja, a oração que subordina ou depende da outra. Dependendo da função que desempenham, os tipos de oração subordinada são substantivas, adjetivas ou adverbiais.
As subordinadas substantivas são aquelas que exercem função de substantivo e que podem ser classificadas em subjetiva, predicativa, completiva nominal, objetiva direta, objetiva indireta e apositiva.

·         Oração Subordinada Substantiva Subjetiva - Exerce a função de sujeito. Exemplo: É provável que ela venha jantar.

·         Oração Subordinada Substantiva Predicativa - Exerce a função de predicativo do sujeito. Exemplo: Meu desejo era que me dessem um presente.

·         Oração Subordinada Substantiva Completiva Nominal - Exerce a função de complemento nominal. Exemplo: Temos necessidade de que nos apoiem.

·         Oração Subordinada Substantiva Objetiva Direta - Exerce a função de objeto direto. Exemplo: Nós desejamos que sua vida seja boa.

·         Oração Subordinada Substantiva Objetiva Indireta - Exerce a função de objeto indireto. Exemplo: Recordo-me de que tu me amavas.

·         Oração Subordinada Substantiva Apositiva - Exerce a função de aposto. Exemplo: Desejo-te uma coisa: que tenhas muita sorte.

As orações subordinadas adjetivas são aquelas que exercem função de adjetivo, que podem ser explicativas, restritivas e reduzidas.

·         Oração Subordinada Adjetiva Explicativa - Destaca um detalhe do termo antecedente. Exemplo: A África, que é um continente no hemisfério sul, tem um alto índice de pobreza.

·         Oração Subordinada Adjetiva Restritiva - Restringe a significação de seu antecedente. Exemplo: As pessoas que são alegres vivem melhor.


Por todos esses aspectos apresentados, concluímos que Análise Morfológica não é o mesmo que analise sintática, que existe diferença entre o que é uma frase e uma oração, assim como se pode ter vários tipos de predicados, dependendo do núcleo da sentença. Podemos concluir também que a morfossintaxe se mostra muito útil para os profissionais da área de Letras, principalmente se estes trabalham com revisão de textos.

quarta-feira, 25 de maio de 2016

Experiencia/Resumo/Considerações

Gostaríamos de dividir com vocês a nossa experiencia no blog, seguem nossas considerações finais sobre o projeto trovadorismo atualizado;

O ideal de nosso blog era contar a história do Trovadorismo de uma maneira simples, objetiva e dinâmica. Postamos no decorrer dos meses cantigas de amigo, de amor que fazem parte desta Escola Literária, além de relacioná-las com músicas atuais, para que desta forma, a absorção do tema fosse mais fácil, e que o aluno, pudesse levar o mesmo aprendizado para sua vida.
O blog contou também com entrevista de Jey Leonardo, escritor do blog Escritos Meus, uma breve análise das poesias na Era Digital, pinturas da época do Trovadorismo e eventos atuais que remetiam a esse estilo.
Para alguns participantes do grupo, o blog foi uma experiência nova, outros, já acostumados a postar poemas de própria autoria, já estavam mais familiarizados, mas de maneira geral, foi uma experiência agradável a todos.

Concordamos que houve pouca interação, houve visualização porém não muitos comentários de pessoas de fora do grupo, porém o grupo estava em constante discussão e sempre trabalhando em postagens, onde pudesse intertextualizar o trovadorismo e nossa situação atual.
Nós acreditamos que nosso trabalho é efetivo pois, há uma abordagem, jovem e descontraída, o que é necessário nos dias de hoje para se prender a atenção de um aluno.

Para finalizar, foi postado pelas alunas do Curso de Licenciatura um plano de aula voltado a este tema, para que os alunos possam compreender o tema da melhor maneira possível: com facilidade e prazer pela literatura, este tema que tanto gostamos de desenvolver.

O nosso grupo agradece por você ter participado dessa experiencia e o blog continuará, com outros temas, todos relacionados a língua portuguesa. 

terça-feira, 17 de maio de 2016

PLANO DE AULA SOBRE O TROVADORISMO

O TEMA

Introdução ao Trovadorismo e seu contexto literário (cantigas)

OBJETIVOS

Ensinar como foi a época onde esse movimento literário importante foi desenvolvido, e o por que de aprendermos isso nos dias de hoje.
Trazer o tema para o cotidiano, facilitando o aprendizado do estudante.
Ensinar os aspectos da literatura; seus autores, formatos das poesias, trovas, cantigas e contexto histórico.

CONTEÚDOS

Contexto histórico da época
Arte (pinturas, poemas, músicas etc.)
Cantigas (amor, amigo, escarnio e maldizer)


Aula/DURAÇÃO

Para duas aulas:
Primeira aula: expositiva, tentando mostrar um pouco de cada tópico. Contexto sócio-histórico, surgimento do trovadorismo e iniciar a explicação a respeito das artes na época medieval.
Segunda aula: Iniciar explicação e exposição das cantigas e tentar trazer o tema para o cotidiano do aluno, para que ele absorva e entenda tema.

OS RECURSOS

Data show, mostrando os tópicos abordados.
Imagens das pinturas,
Cantigas escritas e áudios.
Letras de músicas para comparação com as cantigas.


A METODOLOGIA

Apresentar o tema, com o datashow, explicitar os pontos (abordados em objetivos), e desenvolver uma explicação sobre eles.
Dar exemplos de cada ponto tratado.
Na aula seguinte, exibir as cantigas e tentar comparar as cantigas com músicas da atualidade, trabalhar com as cantigas em temas atuais e fazer com que a absorção do aluno sobre o tema seja maior.

AVALIAÇÃO

Primeiramente, um resumo do conteúdo, e após para avaliação da aula, planejo que os alunos preparem pra entregar ainda que na mesma aula, uma cantiga feita por eles de amor, amigo, escarnio ou maldizer.
Junto deles, ajudaríamos na construção das mesmas e visualizaremos a eficiência do método.

Por: Bruna Melo e, Elisa Ellen

sábado, 14 de maio de 2016

Cantiga de Amigo.

Nós já falamos de bastante coisa até o momento, e agora eu vou falar um pouco da cantiga de amigo.

 A cantiga de amigo tem como característica o eu lírico feminino, e retrata a preocupação com seu amigo, seu amado, ou faz uma declaração de seu amor por ele, mais não diretamente, sempre por meio de diálogos com a amiga ou, a mãe, ou com elementos da natureza.
Na cantiga a seguir podemos ver que a moça está se preocupando com o seu amado que já não da notícia.

Ai flores, ai flores do verde pinho
se sabedes novas do meu amigo,
ai deus, e u é?

Ai flores, ai flores do verde ramo,
se sabedes novas do meu amado,
ai deus, e u é?

Se sabedes novas do meu amigo,
aquele que mentiu do que pôs comigo,
ai deus, e u é?

Se sabedes novas do meu amado,
aquele que mentiu do que me há jurado
ai deus, e u é?
(...)                                                            

D. Dinis

A pesar do eu lírico ser feminino, as cantigas eram escritas apena por homens. Mas hoje em dia nós temos muitas mulheres que expõem seus sentimentos em músicas, se expressam da mesma forma, contando o que está sentindo. Podemos ver isso na música a seguir:

Como Vai Você
Daniela Mercury

Como vai você?
Eu preciso saber da sua vida
Peça alguém pra me contar sobre o seu dia
Anoiteceu e eu preciso só saber

Como vai você?
Que já modificou a minha vida
Razão de minha paz já esquecida
Nem sei se gosto mais de mim ou de você

Vem que a sede de te amar me faz melhor
Eu quero amanhecer ao seu redor
Preciso tanto me fazer feliz

Vem que o tempo pode afastar nos dois
Não deixe tanta vida pra depois
Eu só preciso saber...
Como vai você?

Nessa música nós podemos verificar a preocupação que existe da parte da cantora, e que o sentimento que ela expressa na música é de perda do “parceiro”, e que apena ele pode suprir aquela necessidade que ela possui de telo ali, e ter notícias dele poderia tira-la daquela angustia.

FONTES:
BIBLIOGRAFIA:
Livro: Escola Viva: Programa de pesquisa e apoio.
Modulo17: Literatura
Pagina: 1 e 2.

Por: Elisa Ellen

quinta-feira, 12 de maio de 2016

Entrevista com Jey Leonardo!

A Bruna Gonçalves conseguiu uma entrevista com o escritor Jey Leonardo, do blog Escritos Meus.
Muito atencioso, respondeu a 10 perguntas de nossa equipe.
Vamos a ela? :)

Bruna Gonçalves: Você tira inspiração para escrever da onde?
Jey Leonardo: Eu não costumo definir uma fonte exata de inspiração. Talvez o meu segredo seja enxergar tudo com os olhos do coração. Deixo-me ser guiado pela intensidade e, a partir daí, as palavras e os sentimentos fluem.

Bruna Gonçalves: Você tem algum autor em específico que gosta de ler e acompanhar?
Jey Leonardo: Sim. Diversos. Gosto de autores que me pegam pelo fio da emoção, drama e suspense. Nicholas Sparks, Jorge Amado e Edgar Alan Poe são alguns deles. Também admiro Zíbia Gasparetto e Sidney Sheldon.

Bruna Gonçalves: Sobre literatura, você acredita que o movimento literário Trovadorismo possa ter influenciado nas poesias de hoje em dia?
Jey Leonardo: Como o Trovadorismo, de acordo com a história dos registros, foi o primeiro movimento literário da língua portuguesa, acredito que sim. Assim como, posteriormente, o surgimento de todos os outros movimentos também contribuiu. Na verdade, a literatura é bastante rica e essas diversidades de estilos que vemos nas poesias atuais, vêm da liberdade e influência que os movimentos nos proporcionaram.

Bruna Gonçalves: Acha que é possível resgatar na poesia de hoje, algum tipo de influência dos movimentos literários da idade media (Trovadorismo, Arcadismo, Humanismo)?
Jey Leonardo: Sim, mas apenas em alguns aspectos. Principalmente no que diz respeito à linguagem simples, objetividade e idealização da mulher amada (traços do arcadismo). Atualmente vejo uma poesia mais solta e os poetas de mais sucesso tendem a idealizar o amor e a mulher amada, o que é maravilhoso.

Bruna Gonçalves: Qual(is) o(s) motivo(s) para ter escolhido o Twitter, o Instagram, o Facebook e, recentemente, seu blog para reproduzi-los?
Jey Leonardo: Eu não tinha pretensões com as redes sociais. Comecei a usá-las, porque sempre fui conectado e gosto de tecnologia. Não houve uma razão específica, agora o que não imaginava era a repercussão que elas tomaram com o tempo. Escolhi primeiramente o Twitter, por ser mais prático e instantâneo. Após a repercussão, senti a necessidade de migrar para uma pagina no Facebook e, mais recentemente, no Instagram. A questão do blog foi no sentido de tornar o trabalho um pouco mais profissional e sério.

Bruna Gonçalves: Há muita interação de pessoas que dizem que você "escreve o que elas(es) sentem"?
Jey Leonardo: Sim, bastante. De todas as partes do Brasil e alguns até fora (geralmente Portugal e Angola). Sinceramente fico tão bobo que não sei lidar. Fico emocionado por conseguir conhecê-las sem ao menos conhecê-las. É um pouco maluco, mas é real.

Bruna Gonçalves: Fale um pouco sobre o seu livro.
Jey Leonardo: O “Talvez não seja tarde” é como um filho e vê-lo impresso foi mágico. A recompensa de todo esforço e dedicação por algo que acreditei, sonhei e realizei. Não tem preço sentir a materialização de um sonho. E a melhor parte foi ver minha primeira obra sendo bem recebida pelos leitores. Até aqui, as impressões deles foram bastante emocionantes, o que também me emociona.

Bruna Gonçalves: Hoje em dia, você acha que há barreiras para que as pessoas possam publicar seus textos autorais?
Jey Leonardo: Bastante complicado, pois as editoras (grande maioria), estão somente interessadas em propagar “escrevedores” que gerem lucros. Nada contra youtubers e celebridades distintas que publicam suas biografias, mas diante de tanta gente maravilhosa que não merece o devido valor ou apoio, eu fico decepcionado com essa massificação de conteúdo irrelevante.

Bruna Gonçalves: Você tem alguma dica para as pessoas que estão começando a escrever?
Jey Leonardo: Quem deseja escrever deve, antes de qualquer coisa, ler bastante. Pesquisar, se aprofundar e o principal, abrir o coração. Tudo que envolve sentimentos é belo, genuíno e encantador. Acredito que não há fórmulas, pois quando existe verdade envolvida, o resultado sempre tende a ser magnífico.

Bruna Gonçalves: Deixe um recado para os leitores de nosso blog.
Jey Leonardo: Primeiramente agradeço o convite e fico feliz em poder propagar um pouco mais deste universo tão incrível que é a literatura. Desejo a todos os leitores diversos livros, textos e também produções. Encher a vida de poesia é o melhor remédio!

Para quem quiser acompanhar o trabalho do Jey, aqui estão as plataformas nas quais vocês podem o encontrar:

Instagram: instagram.com/escritosmeus
Facebook: https://www.facebook.com/JeyLeonardoPage
Link para venda do livro "Talvez não seja tarde": http://editoramultifoco.com.br/loja/product/talvez-nao-seja-tarde/

P.s: Está rolando promoção na página do Jey no Facebook para ganhar o livro Talvez não seja tarde". Caso queira participar, é só acessar Promoção do Jey, seguir as instruções e Pronto! Já estará participando. O sorteio será realizado no dia 20/05, então não percam!

Poesias na era digital

Hoje em dia, muitas pessoas passam muito tempo em suas redes sociais (e há uma vasta lista que podemos encontrar instalados no celular do usuário e que são utilizados no dia-a-dia: Facebook, Twitter, Tumblr, Instagram, Snapchat). Então, pensando nisso, vários escritores começaram a utilizar suas próprias redes sociais para divulgar suas poesias, suas crônicas e seus textos para alcançar um maior número de leitores.

E, com essas "novas" ferramentas para expor seu trabalho, novos autores foram surgindo e foram construindo um novo espaço de "liberdade de expressão".
Neste post, irei citar alguns destes autores.

Como primeiro exemplo, podemos citar Frederico Elboni, do site EOH (Entenda Os Homens). Ele é publicitário, paulistano, autor roteirista do programa Amor & Sexo, da Rede Globo, e tem uma grande paixão pela escrita, que já lhe rendeu os livros Um Sorriso ou Dois, Meu Universo Particular e, recentemente, o lançamento de seu terceiro livro, chamado Só A Gente Sabe o Que Sente.

© Instagram. /fredelboni


O segundo exemplo é o trabalho do Zack Magiezi. Recentemente lançou seu primeiro livro, chamado Estranherismo, mas seu trabalho está voltado para seu Facebook e em seu Instagram.

© Instagram. /zackmagiezi

O terceiro exemplo é o trabalho da Ryane Leão. Focada em espalhar seus poemas na rua, posta fotos dos chamados "lambe-lambe" colados em paredes, muros e postes em várias partes do Brasil em seu Facebook e em seu Instagram.

© Instagram. /ondejazzmeucoracao

O quarto exemplo é o trabalho do Jey Leonardo. Muitos conhecem seu trabalho pela conta no Twitter, mas ele também tem sua página no Facebook, no Instagram e, recentemente, deu inicio ao seu blog, para postar suas crônicas. Paralelo as suas plataformas digitais, lançou um livro de Romance, chamado Talvez Não Seja Tarde em Abril deste ano.


© Instagram. /escritosmeus

Bom, são tantos poetas e escritores por ai que não dá para citar todos em um único post. Então, se você se interessou ou conhece algum poeta ou escritor, deixe nos comentários para que possamos compartilhar o trabalho dessas pessoas que, de uma forma indireta, conseguem expressar aquilo que estamos sentindo e que, as vezes, não conseguimos explicar com nossas palavras,

Por: Bruna Gonçalves

quarta-feira, 11 de maio de 2016

Pinturas Influenciadas pelo Movimento Trovadorismo

O Trovadorismo é um movimento que surgiu na Idade Média, entre os anos 1189/1198 e findou em 1418/1434, fortemente ligado à musicalidade.  Os poemas escritos vinham sempre acompanhados por instrumentos musicais, que davam ritmo e maior fluidez ao poema, que por tal fato, foram denominados Cantigas. Embora este seja um dos seus aspectos mais importantes, não se deve negar que as pinturas e outras formas de arte feitas pelos artistas da época, também foram influenciadas pelo movimento Trovadorismo.

A Idade Média, período que iniciou o Trovadorismo,  tinha como cenário o Feudalismo, um sistema social e econômico, altamente hierárquico, composta por senhores feudais, nobres, vassalos, fidalgos, clero, servos e escravos. Dentro dos feudos, a visão de mundo era teocêntrica, o que significa que, acreditavam que Deus era o centro do universo e que toda a jornada de vida dos seres humanos presentes na Terra, era pré-determinada por Ele.

Tais fatos e condições atuantes nesse periodo, influenciaram na hora dos artistas pintarem suas telas ou esculpirem estátuas, que vinham com uma carga religiosa evidente e que por vezes retratava os senhores feudais e seus vassalos.

Abaixo encontra-se algumas obras visivelmente influenciadas pelo Trovadorismo e a atmosfera social da época:








Por: Rafael Pereira

terça-feira, 10 de maio de 2016

Estamos há exatamente um mês do dia dos namorados

Estamos há exatamente um mês do dia dos namorados <3 <3 <3

E para a contagem regressiva, segue uma canção de amor que não é das antigas (ok, não é tão nova assim também...), mas que contém os traços do eu lírico masculino, se referindo a sua amada como sendo uma figura idealizada. O poeta fica na posição de fiel vassalo, às ordens de sua senhora, dama da corte, onde esse amor é considerado como um objeto de sonho, ou seja, impossível, que está longe.

Lua vai..
Iluminar os pensamentos dela
Fala pra ela que sem ela eu não vivo
Viver sem ela é meu pior castigo
Vai dizer...que se ela for
Eu vou sentir saudades dos velhos tempos
que a felicidade reinava em nossos pensamentos
lua...(2x)

Lua vai dizer
Que a minha paz depende
Da vontade da bondade vinda dessa moça
Em perdoar meus sentimentos
Lua
Ora vai dizer
Que ela sem mim
Não tem felicidade
Que moça igual não há pela cidade
Mande um recado á minha amada,lua
Lua vai...



Por Cibelle Lessa

quinta-feira, 5 de maio de 2016

E por falar em Trovadorismo...

E por falar em Trovadorismo...


.....Na próxima sexta-feira, dia 06/05 às 20h, o grupo Trovadores Urbanos farão uma seresta em homenagem às mães da cidade.
Músicos num palco com pétalas de rosas vermelhas, mostrando que o universo dos Trovadores Urbanos vai muito além de serenatas nas janelas.
Delicadeza, profissionalismo e muito romantismo!
Os Trovadores Urbanos são conhecidos internacionalmente, mostrando bom gosto e competência musical, num repertório requintado e criativo.

Local: Casa dos Trovadores Urbanos
Endereço: Rua Aimberê, 651- Perdizes

https://www.youtube.com/watch?v=MEEGh3N_WkM

Vale a pena conferir =)

Por Cibelle Lessa


sexta-feira, 29 de abril de 2016

Falando sobre: Cantigas de Maldizer



As cantigas de maldizer são outra forma de sátira do período trovadoresco, com a mesma característica de crítica da cantiga de escárnio, mas não há a utilização de duplo sentido. As cantigas são feitas de forma direta, com a utilização de palavrões e linguagem agressiva para satirizar ainda mais o alvo da cantiga.

(Lembrando que pode ou não conter a citação direta do alvo da cantiga)


Exemplo deste tipo de cantiga:




Garcia López del Faro,
direi-vos que m’agravece:
que vosso don é mui caro
e vosso don é rafece.
O vosso don é mui caro pera qu?-no á d’aver,
o vosso don é rafeç’ a qu?-no á de vender.

Por caros teemos panos
que ome pedir non ousa;
e, poi-los tragen dous anos,
rafeces son, por tal cousa.
O vosso don é mui caro pera qu?-no á d’aver,
o vosso don é rafeç’ a qu?-no á de vender.

Esto nunca eu cuidara:
que ua cousa senlheira
podesse seer (tan) cara
e rafeç’ en tal maneira.
O vosso don é mui caro pera qu?-no á d’aver,
o vosso don é rafeç’ a qu?-no á de vender.


Tradução:


Garcia López de Alfaro,
sabei o que me aborrece:
o que dais sai mui caro
mas barato nos parece.
O que dais sai muito caro a quem o tiver de obter
mas é barato o que dais se alguém o quiser vender.

Caros nos saem os panos
que pedir-vos ninguém ousa
mas por que os trazeis dois anos,
barata parece a coisa.
O que dais sai muito caro a quem o tiver de obter
mas é barato o que dais se alguém o quiser vender.

Com espanto se me depara
numa só coisa o exemplo
dela sair muito cara
e barata ao mesmo tempo.
O que dais sai muito caro a quem o tiver de obter
mas é barato o que dais se alguém o quiser vender.

(Pero da Ponte. In: Cantares dos trovadores galego-portugueses. Organização e adaptação da linguagem por Natália Correia. 3. ed. Lisboa: Estampa, 1998. p. 86-7.)


Até a próxima!

Por: Bruna Gonçalves

terça-feira, 26 de abril de 2016

Falando um pouco de Cantiga de Escarnio

Cantigas de Escarnio.

Aqui esta um exemplo delas:

Ai, dona fea, fostes-vos queixar
que vos nunca louv[o] em meu cantar;
mais ora quero fazer um cantar
em que vos loarei toda via;
e vedes como vos quero loar:
dona fea, velha e sandia!
Dona fea, se Deus mi pardom,
pois avedes [a]tam gram coraçom
que vos eu loe, em esta razom
vos quero ja loar toda via;
e vedes qual sera a loaçom:
dona fea, velha e sandia!
Dona fea, nunca vos eu loei
em meu trobar, pero muito trobei;
mais ora ja um bom cantrar farei,
em que vos loarei toda via;
e direi-vos como vos loarei:
dona fea, velha e sandia!

(Joan Garcia de Guilhade)

Tradução:
Ai, dona feia, foste-vos queixar
que nunca vos louvo em meu cantar;
mas agora quero fazer um cantar
em que vos louvares de qualquer modo;
e vede como quero vos louvar
dona feia, velha e maluca!
Dona feia, que Deus me perdoe,
pois tendes tão grande desejo
de que eu vos louve, por este motivo
quero vos louvar já de qualquer modo;
e vede qual será a louvação:
dona feia, velha e maluca!
Dona feia, eu nunca vos louvei
em meu trovar, embora tenha trovado muito;
mas agora já farei um bom cantar;
em que vos louvarei de qualquer modo;
e vos direi como vos louvarei:
dona feia, velha e maluca!

(Joan Garcia de Guilhade)


Essa é por muitas vezes uma cantiga divertida (engraçada) por conta das ambiguidades, jogos semânticos e trocadilhos, é sempre uma critica a alguém mas sempre indireta, a partir do momento que é citado um nome, vira uma cantiga de Maldizer.
Não deixe de escutar também:
https://www.youtube.com/watch?v=f3FNVOAzwKA

Até a próxima pessoal!

                                                               
Por Bruna Melo.

quinta-feira, 14 de abril de 2016

As cantigas trovadorescas podem influenciar nas musicas dessa época?



Boa tarde, hoje, resolvemos trazer algo diferente; uma outra percepção.

Como já sabemos, as cantigas de amor, tem muitas características, mas a mais forte delas é a Coita, que nada mais é do que um sofrimento que nunca acaba,um amor impossível, AMOR, AMOR e mais AMOR!!
Apresento a vocês, uma musica de Rock, dos anos 80, chamada I Live My Life For You (da banda americana Firehouse), que traduz muito bem a Coita, tão presente nas cantigas de amor.
Antes de você assistir ao vídeo, leia essa cantiga de amor, carregada de coita, para entender a semântica da palavra:


Senhora que bem pareceis,
Se de mim vos recordasse
Deus que vos fez e mandasse
que do mal que me fazeis
me fizésseis correcção,
quem dera, senhora, então
que eu vos vise e agradasse

Ó formosura sem falha
que nunca um homem viu tanto
Senhora, que Deus vos valha!
Por quanto tenho penado
seja eu recompensado
vendo-vos só um instante

Da vossa grande beleza
da qual eu esperei um dia
grande bem e alegria
só me vem a tristeza.
Sendo-me a mágoa sobeja,
deixai que ao menos vos veja
no ano, o espaço de um dia


(D. Dinis. In: Cantares dos trovadores galego-portugueses, cit., p. 231)



Agora, assista o vídeo, acompanhe com a letra (e tradução):

https://www.youtube.com/watch?v=aY2sBDPgOXU



I Live My Life For You

You know you're everything to me and I could never see
The two of us apart
And you know I give myself to you and no matter what you do
I promise you my heart

I've built my world around you and I want you to know
I need you like I've never needed anyone before

Chorus
I live my life for you
I want to be by your side in everything that you do
And if there's only one thing you can believe is true
I live my life for you

I dedicate my life to you, you know that I would die for you
But our love would last forever
And I will always be with you and there is nothing we can't do
As long as we're together

I just can't live without you and I want you to know
I need you like I've never needed anyone before

Chorus
I live my life for you



Tradução: Eu Vivo a Minha Vida por Você

Você sabe que você é tudo para mim e eu não consigo ver
nós dois separados
E você sabe que me dou pra você e não importa o que você faça
Eu te prometo meu coração

Eu construí meu mundo em sua volta e eu quero que você saiba
Que eu preciso de você como eu nunca precisei de ninguém antes

Refrão
Eu vivo a minha vida por você
Eu quero estar ao seu lado em tudo que você faz
E se existe apenas uma coisa que você pode acreditar
Eu vivo minha vida por você

Dediquei a minha vida por você, você sabe que eu morreria por você
Mas nosso amor pode durar para sempre
E sempre estarei com você e não há nada que não possamos fazer
Enquanto nós estivermos juntos

Eu apenas não posso viver sem você e eu quero que você saiba
que eu preciso de você como eu nunca precisei de alguém antes

Refrão

Eu vivo a minha vida por você
Eu quero estar ao seu lado em tudo que você faz
E se existe apenas uma coisa que você pode acreditar
Eu vivo minha vida por você

Eu vivo a minha vida por você


Gostaram? Realmente há muito sentimento em ambas as formas de arte, o mais legal nisso tudo, é que mesmo nos dias de hoje, há grande simpatia por esse tema. Afinal, quem não gosta de ouvir uma musica romântica de vez em quando?!
Espero que tenham gostado dessa brincadeira, o nosso passado esta tão presente nos dias de hoje mas mal percebemos. O importante é não esquecer que tudo está relacionado, mesmo que em épocas tão distantes.


Por: Bruna Melo.

terça-feira, 22 de março de 2016

Trovadorismo Atualizado

Apresentação:
Este blog foi criado, juntamente do Tumblr: http://literaturanomundomoderno.tumblr.com/, para renovar o interesse dos estudantes sobre o Trovadorismo.
O trovadorismo foi uma época marcada pelas cantigas e nós iremos apresenta-las a vocês de um modo muito mais contemporâneo, não apenas expondo a cantiga, mas também, fazendo uma releitura, para facilitar o entendimento dos estudantes, tentaremos sempre disponibilizar áudios, para que vocês conheçam a cantiga cantada (sendo eles do youtube, blogs ou nosso), e áudios explicativos que nós iremos produzir.
Seja bem vindo, e que a nossa visão, lhe traga muitas mais.


Começamos com a cantiga de D. Dinis, Ai flores, ai flores do verde pinho

Para acessar o vídeo (com a cantiga cantada) clique no link a seguir:
http://literaturanomundomoderno.tumblr.com/


- Ai flores, ai flores do verde pino,
se sabedes novas do meu amigo?
      Ai Deus, e u é?
- Ai flores, ai flores do verde ramo,
se sabedes novas do meu amado?
      Ai Deus, e u é?
- Se sabedes novas do meu amigo,
aquel que mentiu do que pôs conmigo?
      Ai Deus, e u é?
- Se sabedes novas do meu amado,
aquel que mentiu do que mi há jurado?
      Ai Deus, e u é?
- Vós me preguntades polo voss'amigo
e eu bem vos digo que é san'e vivo.
       Ai Deus, e u é?
- Vós me preguntades polo voss'amado
e eu bem vos digo que é viv'e sano.
      Ai Deus, e u é?
- E eu bem vos digo que é san'e vivo
e será vosco ant'o prazo saído.
      Ai Deus, e u é?
 -E eu bem vos digo que é viv'e sano
e será vosc[o] ant'o prazo passado.
      Ai Deus, e u é?

Breve explicação:

Trata-se de uma cantiga de amigo, isto é, de um texto em que podemos imaginar a voz de uma mulher falando do seu namorado.
Nas primeiras quatro estrofes, a mulher se dirige as flores, perguntando-lhes se sabem noticias do amado, com quem teria combinado um encontro.
Ela parece ansiosa pois parece que seu amado irá faltar ao encontro.
Nos últimos versos, as flores respondem, afirmando que seu amado irá comparecer ao encontro.


Obrigada por nos prestigiar, até a próxima postagem!

Por Bruna Melo.